Prática Baseada em Evidência para Tratamento do TEA

Por Aline Maran - Psicóloga do CEDIN (CRP 08/26004)
A Associação para a Ciência no Tratamento do Autismo – ASAT, busca esclarecer e difundir conhecimento sobre o tratamento de crianças, adolescentes e adultos com autismo. Quando as crianças iniciam a terapia, é de grande importância que a família busque informações sobre quais são as terapias com base científica, isto é, que foram estudadas, publicadas, replicadas e funcionaram com o público destinado.
O manual EBP (Evidence Based Practice) publicado em 2014 analisou pesquisas de 20 anos de Intervenção para Transtorno do Espectro do Autismo, nas seguintes áreas: ABA, ao qual haviam 53 BCBA’s (Board Certified Behavior Analyst) no grupo de especialistas, Educadores, Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais e Fonoaudiólogos com conhecimento científico externo, experiência clínica/opinião de especialistas e perspectivas cliente/paciente/cuidador com integração de evidências. O manual EBP aponta a existência de 23 práticas baseadas em evidências científicas e que fazem parte dos princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), as quais são utilizadas no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo.
Algumas das práticas baseadas em evidências e sob princípios da ABA são: DTT (Discrete Trial Training ou Treino de Tentativa Discreta); NET (Natural Environment Training ou Treino em Ambiente Natural); PRT (Pivotal Response Treatment); VB (Verbal Behavior); Ensino sem erro; Instrução Direta, Treino de Precisão, entre outras. Também existem as práticas emergentes, ou que necessitam de mais pesquisas, como Denver, Floortime, Teacch e Musicoterapia.
Para que haja um desenvolvimento que caminhe junto com o planejado pelos profissionais, é necessário que a família siga as orientações, faça as terapias e participe do tratamento da criança de forma efetiva. É de suma importancia o diálogo de equipe e família, e a certeza da família de que os tratamentos que seu filho utiliza, são baseados em evidência, bem como, se as clínicas/terapeutas utilizam a ABA de forma fidedigna. Assim, a totalidade das potencialidades da criança estará mais próxima de ser alcançada.
Fonte:
BROPHY, L. (2013). Crítica literária: ensino de ensaios discretos com crianças com autismo: um manual de autoinstrução. [Review of the book Discrete-julgamento de ensino com crianças com autismo: Um manual de auto-instrução, D. Fazzio & GL Martin]. Ciência no Tratamento do Autismo , 10 (1), 14-15.
LINDBLAD, T. L. (2012). Canto clínico: Como você aumenta a inteligibilidade de fala (habilidades de articulação) ou a variabilidade nos sons produzidos por crianças com transtornos do espectro do autismo? Ciência no Tratamento do Autismo , 9 (3), 3-6.
WONG, C. ODOM, S. L. HUME, K. COX, A. W. FETTIG, A. KUCHARCZYK, S. SCHULTZ, T. R. (2014). Evidence-based practices for children, youth, and young ddults with Autism Spectrum Disorder. Chapel Hill: The University of North Carolina, Frank Porter Graham Child Development Institute, Autism Evidence Based Practice Review Group. Disponível em: http://cidd.unc.edu/Registry/Research/Docs/31.pdf « Voltar